Acessibilidade na arquitetura, significa a busca pela projeção de espaços capazes de atender a todas as demandas possíveis, sem negligenciar questões estéticas e conceituais.
O desenvolvimento do projeto, a escolha dos revestimentos e o uso de dispositivos e acessórios são aspectos que, hoje, ganham muito mais importância para garantir a acessibilidade, a segurança e a autonomia em residências e em edifícios comerciais.
O desenho Universal
A busca por ambientes responsivos e adaptados não é um tema novo. A demanda por projetos acessíveis começou depois da Segunda Guerra Mundial, quando as edificações começaram a apresentar “barreiras” para a população e, na reconstrução de prédios públicos, foram propostas estruturas mais inclusivas.
Seguindo essa corrente e a Revolução Industrial, foi criado nos Estados Unidos o Desenho Livre de Barreiras, mais tarde conhecido como Desenho Universal. O conceito foi desenvolvido com base nas reivindicações de deficientes, que não se sentiam contemplados pelas estruturas e políticas públicas, e por um grupo de arquitetos, designers e engenheiros, que queriam democratizar o acesso e o uso dos espaços.
Essa corrente chegou no Brasil alguns anos depois, mais precisamente em meados da década de 1980, e resultou em novas medidas e leis para incorporar o tema ao cotidiano e estabelecer normas, além de novas ações da própria população.
O Desenho Universal contempla sete princípios: uso equitativo, flexibilidade no uso, uso simples e intuitivo, informação perceptível, tolerância ao erro, baixo esforço físico e tamanho e espaço para aproximação e uso.
Escolha correta dos revestimentos
O arquiteto e o decorador têm papel fundamental na escolha dos acabamentos finais. Um bom projeto garante que os pisos tenham uma textura minimamente abrasiva e antiderrapante, por isso, evite pisos polidos e de pedras.
Aposte em pisos naturais ou rústicos, mais resistentes, com rejunte menor e mais práticos de limpar. Não se esqueça da instalação de sinalizações táteis nos pisos, principalmente nas calçadas e no interior de edifícios comerciais.
Atenção às instalações elétricas e hidráulicas
Fios desencapados e soltos, falta de iluminação, tomadas e pontos de eletricidade muito baixos (ou muito altos), torneiras difíceis de manusear e pias e vasos em alturas inadequadas são alguns dos problemas mais comuns.
As principais orientações para engenheiros e arquitetos são: as tomadas devem ficar a 45 cm do chão e os interruptores a, no mínimo, 90 cm do chão. Já as bancadas com torneiras devem estar a 85 cm do piso, em média. A instalação de pias e vasos no banheiro deve ser acompanhada de suportes e barras de apoio em qualquer construção.
Valorize a iluminação natural, evite o escurecimento total do lugar e selecione lâmpadas e luminárias difusas e não ofuscantes. Não se esqueça de garantir também iluminação em caso de emergências.
Invista na tecnologia e na automação
A tecnologia é um fator que veio para auxiliar a vida cotidiana, e o ramo de automação, além de cada vez mais comum, oferece instrumentos que deixam os ambientes mais acessíveis e confortáveis.
Percebeu como a acessibilidade na arquitetura depende de poucos ajustes? A proposta é facilitar e possibilitar o uso dos espaços por todos!
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